Wednesday 25 May 2011

2011 Ponciano's Exhibition in Piracicaba-SP

Jaime Ponciano circa 2005.



Aí, Galera!

No dia 04 de junho, sábado, a partir das 21h30min, vamos fazer outra cantoria no Bar Cruzeiro, em Piracicaba.

Desta vez, há uma motivação e uma emoção a mais: fecharemos a exposição de arte do nosso querido e saudoso amigo Jaime Ponciano, que, aliás, está belíssima.

Acompanhando minha voz, Samuel Gustinelli fará o seu show no piano e Maicon Araki na percussão.

O endereço do Bar Cruzeiro, pra quem não sabe:

Rua Moraes Barros, 1321 - Fone 19/3422-4780,
fica entre a Rua Santa Cruz e a Rua São João.

Se puderem, divulguem, divulguem, divulguem entre os amigos. Obrigado!

Esperamos vocês por lá!

Beijos e abraços,
Alberto Guerreiro


Jaime e Beto. Jaime e Bar Cruzeiro. Jaime e XV de Piracicaba.

Homens todos olhando pra frente e pra cima, sentados quase lado a lado – e quase só homens. Senhores torcedores. O Bar Cruzeiro, em Piracicaba, abrigava os espectadores da final do Campeonato Paulista A2 (o que houve com a denominação “B”?). O XV de Piracicaba jogava com o Guarani. Alguém imaginaria Jaime Ponciano da Silva presente nesse contexto? E o Beto/Bebeto/Alberto cantando nesse lugar?

O Bar Cruzeiro tem uma outra parte, que é atingida após a travessia de uma espécie de corredor. Uma composição? O inconsciente do Bar? Sua alma? Nada a ver? No nome, o conjunto é Bar Cruzeiro. Nessa outra parte, ainda em um corredor que não permitia imaginar o que viria, duas visões iniciais possíveis: parede ao fundo, antes de ter que se virar à direita, um quadro do Jaime; parede ao lado – ou à frente, se antes da primeira virada, que era à esquerda: dois banners (como Jaime teria chamado isso?), texto do Leonel em um, textos de Luiz Amorim e Marcello Tomazelli no outro. Apresentações do Jaime, não da exposição.

A sensação labiríntica do acesso pareceu um intencional ingrediente para o que se seguia. O Bar Cruzeiro A2/B/Fundos é um amplo espaço – e estava tomado, em todas as paredes, por trabalhos do Jaime.

A apresentação da exposição foi feita pelo Beto, ao abrir sua Cantoria. Houve ainda a possibilidade que ele apresentasse cada obra, comentando fase do artista, a quem pertence, pra quem o interpelasse. Beto fez isso. E também concebeu a exposição – organizou a distribuição de 33 (?) quadros, 8 bonecas, de forma simétrica ou não, como melhor se destacassem as produções. E, ao que parece, também pendurou muito disso. Isso após ter mobilizado os amigos, embrulhado e movimentado quadros de um lugar a outro. Amigo em vida e amigo póstumo.

Amigos desses artistas-amigos-entre-si só podem agradecer. Pela oportunidade de admirar tanto do Jaime colocado em conjunto. Por tê-lo ali tão vivo. Pelo conhecimento de obras dele que moram em ambientes não conhecidos. Pelo empenho do Beto – não só por tornar a proposta da exposição uma realidade, mas por ter dado, com a música e com precioso repertório, plenitude a tudo aquilo.

A quem não pôde viver essa integração, vale a Exposição no Bar Cruzeiro, mesmo que seja uma visita e não uma vivência, como a Abertura. Jaime está lá, em tudo o que fez, em tantos personagens que criou e pintou.Obrigada a todos que permitiram esse reencontro. Alguns torcedores cruzaram o corredor entrecortado e conheceram o Jaime. Os que estavam pelo Jaime não passaram ilesos pela vitória do XV.

Que Jaime e o XV conquistem, mesmo que aos poucos, cada vez mais reconhecimento.
Graça Totaro, 8 maio 2011.




Jaime, Bebeto, Cruzeiro Bar and XV de Piracicaba, a football team


Men looking straight ahead and up sat side by side at Cruzeiro Bar in Piracicaba-SP. Male fans who came to watch the final match between Piracicaba’s XV [home] and Guarani [away]. Would anybody imagine Jaime Silva Ponciano in such a context? And Bebeto singing in such a place?

Cruzeiro Bar has another wing that is reached through a long corridor. A composition? The Bar’s unconsciousness? Its soul? None of the above? At the end of the corridor one has two visions: at the far wall, before one turns to the right, there is a Jaime Ponciano canvas with two banners bearing texts of Leonel in one and Luiz Amorim and Marcelo Tomazelli in the other. Introductions of the artist, not of his exhibition.

The labyrinthian sensation of the access seemed intentional to what followed. Cruzeiro Bar is an ample space and it was taken over by works by Jaime Ponciano. The presentation of the  exhibition was done by Alberto Guerreiro AKA Bebeto while he opened his singing performance. During his musical show he would go back and comment on Jaime’s many ouvres and phases and would also answer questions from the audience.

Bebeto is the exhibition’s curator and the MC at the same time. He organized the laying out of 33 canvas and 8 dolls in a symmetrical fashion or not – in a way that each piece was singled out. Bebeto borrowed Ponciano’s canvas from friends and did a wonderful one-man-job. Friend in life and post-humous friend as well.

Friends of these fellow-artists can only be thankful for the opportunity to marvel at Jaime’s art and to be able to see him so alive in it. To be able to see Jaime’s many canvas that drape unknown walls and unknown places. To thank Bebeto to have made it a reality and also to give his own input with his wonderful music and dedication.

To those who could not experience this ‘happening’ it should be worth a visit to Bar Cruzeiro. Jaime is there in everything he did and all the characters he created and depicted on canvas or other medium. Thanks to those who allowed such a re-acquaintance. Some of the XV fans who passed through that corridor met Jaime for the first time. Those who were there only for Jaime got a hint of XV’s victory.

May Jaime and the XV even if at a slow pace earn them the recognition they deserve.

Graça Totaro, 8 May 2011.

Tuesday 17 May 2011

A tribute from Marco Serrão, a friend


Tributo de Marco Antonio Serrão a Jaime Ponciano.


Gosto muito do Jaime.  Acho que, as vêzes, não sabemos nos cuidar e  ficamos a espera que façam isso com a gente! Senti muito a partida dele, mas temos sempre caminhos a tomar e, as vezes, é partindo...


Ele faz falta, claro. A gente conversava coisas sobre viver... sobre desejos, indesejos, vida, morte...

Uma das frases que, me lembro, ele usava sempre era de Clarice Lispector:

... Estou perdida, não tenho saída. Não soube criar subterfúgios. O cotidiano me mata!

Agora me expresso usando as palavras da  própria Clarice Lispector:

Sinto saudades dos que se foram e de quem não me despedi direito!’

Marco Antonio Serrão, 15 Maio 2011.



Jaime Ponciano's self-portrait


A tribute from Marco Antonio Serrão to Jaime Ponciano.


I like Jaime a lot. I think, sometimes we don’t know how to take care of ourselves and wait for others to do it. I was really sorry to see him go but we must make decisions and sometimes it is going away. He is sorely missed. We used to talk about living... about desires, un-desires, life, death... One of the phrases I remember him saying was Clarice Lispector’s:

I am lost, I’ve got no way out. I didn’t know how to build up subterfuges... Routine kills me!

Now, I make Clarice Lispector’s words my own:

‘I miss those who are gone and to whom I had no chance to say good-bye!’

Marco Antonio Serrão, 15 May 2011.


Há Momentos
There are moments

Há momentos na vida em que sentimos tanto
a falta de alguém que o que mais queremos
é tirar esta pessoa de nossos sonhos
e abraçá-la.

There are moments in life
we miss someone so much
that what we want most is
to take this person from our dreams and embrace him.

Sonhe com aquilo que você quiser.
Seja o que você quer ser,
porque você possui apenas uma vida
e nela só se tem uma chance
de fazer aquilo que se quer.

Dream with what you may, be whatever you want to be
because you own but one life
and you’ve got only one chance
to do whatever you may.

Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz.

May you have enough happiness to make Life sweet
enough difficulties to make it strong
enough sadness to make it human
and enough hope to make it happy.

As pessoas mais felizes
não têm as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor
das oportunidades que aparecem
em seus caminhos.

The happiest people don’t own the best things
they know how to make the best
of the chances they come across
in their ways.

A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam.
Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem
a importância das pessoas que passam por suas vidas.

Happiness appears for those who cry, for those who get hurt
for those who search and always try
and for those who acknowledge the importance
of the people who pass through their lives.

O futuro mais brilhante
é baseado num passado intensamente vivido.
Você só terá sucesso na vida
quando perdoar os erros
e as decepções do passado.

The brightest future is based on
a past intensively lived.
You will only be successful in life when
you’ll forgive the mistakes and deceptions of the past.

A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar
duram uma eternidade.
A vida não é de se brincar
porque um belo dia se morre.

Life’s short but the emotions
we may have left last eternally.
Life is not something to play with
because some sweet day we die.


Clarice Lispector



Rafaela, Ponciano's niece.


Jaime & Marco Serrão, a friend and some time partner-in-crime...

Monday 16 May 2011

Jaime & friends in the early 1980s

Jaime Ponciano & Vicente Kutka.
Luiz Amorim, Jagger & Bellonzi.
Sabina Libman.
Mariluci Jung.
 Jaime Ponciano & Regis Lucas.
 Rubinho & Marcelo Tomazelli aka Ashley.
friends of Jaime's at Somos - a pioneering gay group formed in São Paulo around 1979. From left to right: Claudio, Gabriel, Claudia Regina, Lutch, Luzenário, Wilson Roberto, Ricardo Korsik & Daniel Milmann in 1980.
Josué & Ivan Gabriel from Somos - 1980.
Isanor, Ricardo, Ivan Gabriel & Jaime [in over-alls] at Somos in 1980.
at Somos on Rua da Abolição in São Paulo; Ubirajara & Wilson Roberto; Luiz Amorim & Luzenário checking out the art on the wall.
Somos at their place on Rua Abolição - too small to identify everyone... Jaime wears beige over-alls - 1980.

Wednesday 4 May 2011

Jaime Ponciano at his atelier in 2008

Ponciano deep in thinking...
Ponciano just pondering his next step.
Ponciano in his studio on a winter sunny afternoon.

Tuesday 3 May 2011

Tribute from Leo, a friend.


Queridos amigos e amigas,

Na quinta-feira, Bebeto trouxe a notícia: nosso querido Jaime se foi, vítima de uma pneumonia, no dia 6 de agosto de 2009.

Figura irreverente, artista do traço e da cor, cidadão das fronteiras, pintor dos travecos, das pinturas-charges, das camisetas-arte que estamparam nossos corpos jovens nos anos 80/90. Truqueiro pra existir nesse mundo vasto e imundo, Jaime foi alma boa, divertida, amorosa, muito amorosa.

Impossível esquecê-lo vestido de espanhola, andando em plena avenida Paulista, batendo na própria bunda dizendo: – Anda, Luzia!

Sou-lhe grato por cada escândalo que me fez passar.

Eu, recém-vindo do interior, conheci Jaime através da Mila e do Pedro quando fui morar com eles na rua Machado de Assis; na primeira vez em que o vi, ele (seguido do Raul) subia a escada que dava acesso à sala da casa gritando com voz de bicha: – Trouxe uma paranga para fazer a cabeça dashshshs trêshshsh. Ashshshs trêshshshs eram ele, Raul e Pedro. Quase fiz minhas malas e saí correndo com medo de ser incluído no grupo. Demorei pra entender que, de todos nós, ele encarnava literalmente aquela liberdade que almejávamos, mas que só tínhamos coragem de praticá-la no discurso.

Jaime já era 'performer', corajoso porque sim. Política e ética encarnadas nele porque indissociavelmente estético. Nossa casa foi território livre em anos ainda moralistas do final da ditadura graças à mente delicadamente ampla e justa da Mila, dos gestos cotidianamente transgressivos do Pedro e das atitudes francamente despudoradas de Jaime e Raul. Por lá – naquele território livre – tanta gente passou, namorou, cortou cebola para a fantástica culinária do Pedro, brigou com namorado/a, fez faxina coletiva, decorou a casa.

Cris Guerreiro, Graça Totaro, Rui Farneda, Raul Rúbio, Renato Sakata, Douglas Braga, Célia Genovez, Márcia Rosatto, Rutnea Guerreiro, Silvia Esteves, Kan Kato, Valter Apolinário, Cuca Braga, Helô Marques, Rita Ronchetti, Andréa Schilling, Cláudia Simoni, Eliana Raposo, Carlito Cabrera, Mauricio Lourenção, Cristina Vicentin e tantos mais, além dos moradores oficiais: Pedro Matheus, Mila Frati, Alberto Guerreiro e eu.

Lembrar de Jaime é lembrar de todos e do tempo em que a existência de cada um esteve fortemente repousada na do outro. Tempo bom, seguro e quentinho!

Quis enviar este e-mail como forma de reencontrá-los para nos despedirmos de Jaime. Pensei que cada um pode acender uma vela como ritual de iluminação. Quanto a ele, não tenho dúvida que sua 'vela' preferida fazia fumaça e era, digamos, 'aromática'.

Saudades do Jaime e saudade de vocês.
Grande abraço,
Leonel Braga
4 Setembro 2009.




Dear friends, 

On Thursday, Bebeto brought us the news:  our dearest Jaime was gone victim of a pneumonia on 6 August 2009.

An irrevent a-talent of the trace, the stroke and colour, living at the razor's edge, portrayer of transvestites, cartoon-painter and author of artistic T-shirts that draped our young bodies in the 80s and 90s.

A legerdemain out of sheer necessity to survive in this wide infamous world, Jaime was a good soul, full of fun, loving, full of love.

It’s impossible to forget him dressed up as an Andalusian Spanish girl strutting down her stuff on Avenida Paulista striking his/her own buttocks saying: ‘Anda, Luzia!’ * [Walk Luzia!].

I’m grateful for him for the embarrasment he made me go through.

I had just moved in from the hinterlands to share a house with Mila and Pedro on Machado de Assis street when I saw Jaime the first time. He was climbing up the stairs that lead to the living room, followed by Raul, and shouting with an affected queer voice: ‘I have brought a big joint for the three ladies!’ The ‘ladies’ being himself, Raul and Pedro. I was alarmed and almost packed my suitcase and ran away afraid to be included in such a select group.

It took me a while to understand that he literally embodied that ilusive personal freedom that all of us aimed at but only had the courage to practice it theoretically. Jaime was a performer, corageous, period!  Embodied politics and ethics because undissociably aesthetic

Our house was a free zone in the still mostly hypocritical years of a declining military dictatorship thanks to Mila’s delicately broad mind, Pedro’s daily transgressive gestures and  Raul’s and Jaime’s frankly shameless atittudes. In this free zone a lot of people came and went, helped slice onions for Pedro’s amazing dishes, broke up and made up with partners of many a-persuasion, helped with the cleaning up and decoration of the house:

Cris Guerreiro, Graça Totaro, Rui Farneda, Raul Rúbio, Renato Sakata, Douglas Braga, Célia Genovez, Márcia Rosatto, Rutnea Guerreiro, Silvia Esteves, Kan Kato, Valter Apolinário, Cuca Braga, Helô Marques, Rita Ronchetti, Andréa Schilling, Cláudia Simoni, Eliana Raposo, Carlito Cabrera, Mauricio Lourenção, Cristina Vicentin e tantos mais, além dos moradores oficiais: Pedro Matheus, Mila Frati, Alberto Guerreiro and I.

Remembering Jaime is remembering all of you and the time our lives were strongly intertwined in each other’s. Good times, safe and warm!

I’m sending you this message as a means of getting in touch with you again and a way for us to say good-bye to Jaime. I thought each of us should light a candle as an illumination ritual. As to Jaime himself, I'm pretty sure his favourite candle would be the kind that emitts a lot of smoke and is, shall we say, pungently ‘aromatic’?

I miss Jaime and I miss you too.
A big hug,
Leonel Braga  4 September 2009.


* ‘Anda Luzia!’ [Walk Luzia] is an old Brazilian popular tune from the 30s in which the author makes a pun between the Spanish region of Andalusia and the Portuguese command: ‘Anda, Luzia’.
 




Sunday 1 May 2011

2011 Exposição de Ponciano em Piracicaba-SP

Quando Jaime Ponciano da Silva faleceu, em 2009, pensamos, seus amigos-fãs, em organizar uma exposição reunindo os seus trabalhos, que tínhamos em nossas casas, locais de trabalho ou nas prateleiras de nossos guarda-roupas.
Seria uma espécie de homenagem àquele que pontuou nossas vidas com sua figura irreverente e sua arte libertária.

Suas obras eram dispersadas à medida mesma em que era produzida.
Jamais se preocupou em sistematizar sua produção e, por isso, é tão difícil, para nós, rastrearmos seus trabalhos.

Sabemos que há “Jaimes Poncianos” ou “Jaimes da Silva” (como assinou durante muitos anos – uma ‘marchand’ o convenceu a mudar sua assinatura por parecer mais artística) em vários estados brasileiros e em vários países do mundo, Soubemos, durante a preparação desta exposição, que seus três últimos trabalhos de porte estão em Miami.

Sobre suas exposições, individuais ou coletivas, apesar de as termos visitado e acompanhado suas montagens, não temos todos os fôlderes, tampouco o completo registro das obras que delas participaram. Na tentativa de resgatarmos toda a memória possível sobre a sua história e suas obras, inauguramos um ‘blog’ em seu nome, com o material de que dispúnhamos e para o qual remeteremos todas as informações que obtivermos. Luiz Amorim e Marcello Tomazelli são os amigos responsáveis pelo ‘blog’:


Abertura:  7 de Maio de 2011.


Jaime Ponciano, várias fases de sua obra
Jaime Ponciano da Silva – Artista Plástico
(Guarulhos, 27 Ago 1962 – São Paulo, 6 Ago 2009)

Nos trabalhos dos anos 80, uma fase prolífica, o figurativo em cores vibrantes retrata a cena urbana de São Paulo. Personagens da noite paulistanas são levados às telas com exuberância de cores e certo exagero nas formas.

Nos anos 90, o graffitti e as influências de outros artistas levam a ‘Romance de guerra’, uma fase mais sombria, com personagens distorcidos estampados em muros de concreto. Surgem também manequins e modelos feitos em máscaras recortadas e aplicadas em camisetas, postais, broches, gravuras, etc.
No final dos anos 90, a cor reaparece em grandes telas abstratas. Madeira, seda, metais transformam-se nos mais diversos objetos de arte. De troncos secos de laranjeira, ele constrói uma linda fruteira.

Inusitadas, como o próprio artista, as bonecas surgem, feitas a mão uma a uma, com dezenas de tipos diferentes de linhas, quase que esculturas de suas pinturas e personagens urbanos do começo de sua carreira.

Luiz Amorim e Marcello Tomazelli.




Jaime Ponciano Exhibition in Piracicaba-SP 

Opening night: 7 May 2011.

This Exhibition was made possible by borrowing from friends and private collectors and is a sample of Jaime’s objects-of-art of various phases. The 1980s production is a prolific phase mostly figurative in vibrant colours portraying São Paulo urban scene.

In the 1990s, Ponciano is influenced by the graffitti craze and by fellow-artists that impel him to ‘War romance’ a gloomier phase with distorted characters portrayed on concrete walls. At the same time his Catwalk collection made up with small figurines representing fashion models take shape in paintings, Tshirts, post-cards, buttons, prints etc.

By the late 90s, colour reappears in large abstract canvas. Wood, silk and metal are metamorphosed into many different objets d’art. From dried orange tree trunks he builds a quaint fruit-tray.

As unexpected as the artist himself, a new choice of medium, his beloved dolls take a life of their own. Made up by hand with a dozen different types of threads and patches, they are almost like sculptures from his earlier paintings's urban characters.